domingo, 15 de maio de 2016

ESTUDO DO LIVRO DE CÂNTICO DOS CÂNTICOS

Também denominado de Cantares, é o último dos cinco livros poéticos. Considerado por aqueles versados na poesia hebraica, uma obra magnífica. Dize-se em 1 Reis 4.32 que Salomão compôs 1.005 cânticos; e este em hebraico, é chamado O Cântico dos Cânticos. A reduplicação da palavra cântico tem por fim dar a entender que seja o principal dos muitos cânticos de Salomão. O Cântico dos Cânticos é uma produção de alto valor poético.

Nas Escrituras hebraicas, o livro dos Cânticos ficava entre o livro de Jó, e o de Rute, na terceira seção do cânon, em um dos cinco rolos menores, que formavam um grupo dos livros destinados a serem lidos nos cinco grandes aniversários. O livro dos Cânticos era lido no oitavo dia da festa da Páscoa, e interpretado alegoricamente com referencia à história da saída do povo de Israel do Egito. Na Vulgata, tem o nome de Canticum Canticorum, de onde deriva-se o nome que tem em algumas traduções. Vários personagens entram nos diálogos. No original hebraico, a distinção entre os personagens se faz por meio das formas gramaticais que determinam o gênero. Quais e quantas são as figuras proeminentes que aparecem no poema? São duas, além das filhas de Jerusalém, que se parecem com um coro de teatro grego ou são três que falam ao mesmo tempo, com a entrada da sulamita. Assim sendo, os três principais interlocutores são: uma donzela camponesa, um apaixonado e Salomão.

O Cântico dos Cânticos foi colocado entre os livros de sabedoria e poesia na Septuaginta e na maioria das versões da Bíblia. Embora não seja considerado literatura de sabedoria no sentido restrito, o Cântico compartilha algumas afinidades com a sabedoria bíblica, pois está associado ao sábio Salomão, diz respeito ao mistério do homem e da mulher e oferece instruções (pelo menos implicitamente) sobre a conduta sexual e conjugal.

Este livro tem sido severamente criticado por causa da sua linguagem sensual. Em contrapartida, seu direito a um lugar na Bíblia tem sido defendido por muita gente religiosa de todas as épocas. Muitos o têm considerado como uma alegoria espiritual do afeto que existe entre Deus e seu povo escolhido, ou entre Cristo e sua Igreja.

AUTOR
O primeiro versículo parece atribuir a autoria a Salomão (1.1). Salomão é mencionado sete vezes (1.1,5; 3.7,9,11; 8.11,12), e vários versículos falam do “rei” (1.4,12; 7.5), mas fica ainda incerta a questão de ter sido ele o autor, apesar de não haver nenhum argumento convincente que tenha sido apresentado contra a autoria salomônica. Alguns autores judeus antigos atribuem a obra ao rei Ezequias, de Judá, que recebe lugar de destaque na preservação da literatura de sabedoria israelita (Pv 25.1; 2Cr 32.27-29).

DATA
Datar esse magnífico poema melódico e obra canônica por volta do século X a.C., e, portanto, durante o reinado de Salomão, é uma tarefa bem possível. De fato, a menção de Tirza e de Jerusalém juntas (6.4) tem sido usada para comprovar uma data ainda anterior ao rei Onri (885-874 a.C), especialmente quando olhamos para 1 Reis 16.23,24. Embora não fique evidente a razão da citação de Tirza. De outra forma, alguns outros estudiosos tem recorrido a linguagem do Cântico dos Cânticos como prova de data muito posterior, mas os dados linguísticos disponíveis aos especialistas até hoje são inconsistentes. Sendo assim a datação aceita é justamente a mais tradicional, que data a primeira publicação da obra por volta do ano 965 a.C. 

CONTEXTO HISTÓRICO
Com exceção das referencias ambíguas ao rei Salomão, não há alusões ou paralelos históricos claros em Cantares. Além de citar de passagem o reino de Salomão (970-930 a.C.), pouco se sabe do contexto histórico do livro. É bem provável que o poema de amor reflita acontecimentos reais ligados ao reinado de Salomão, possivelmente os resumidos pelos historiadores do Antigo Testamento em 1 Reis capítulos 3 ao 11 e 2 Crônicas capítulos de 1 ao 9.

Salomão foi dominado pela sensualidade, característica semelhante à de seu pai Davi. Esse defeito foi comprovado pela extravagância de seu reinado e pelo tamanho de seu harém, além de posteriormente causar sua ruína (1Rs 4.20-28; 10.14-29; 11.1-3). De forma irônica, o sábio que advertiu os jovens das armadilhas das mulheres acabou preso em suas ciladas (Pv 5.1-23; 7.1-7; 1Rs 11.4-13).

ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
Como Salmos, Provérbios e Lamentações, o Cântico dos Cânticos apresenta uma forma literária completamente poética. Como poesia lírica, o Cântico possui um estilo idílico e cenas pastorais que parecem estranhos aos leitores ocidentais que vivem em uma sociedade altamente tecnológica. Dessa forma as analogias e metáforas inspiradas na experiência do pastor fazem comparações que muitas vezes achamos engraçadas ou até indelicadas, exemplo: “Seus dentes são como um rebanho de ovelhas recém-tosquiadas” (4.2) ou “Seu nariz é como a torre do Líbano” (7.4) ou ainda “Às éguas dos carros de Faraó te comparo, ó meu amor” (1.9). Sem contar sua difícil compreensão. As imagens vívidas, às vezes, até nos chocam e constrangem, como esse versículo: “Dizia eu: Subirei à palmeira, pegarei em seus ramos; e então os teus seios serão como os cachos na vide, e o cheiro da tua respiração como o das maçãs” (7.8). Todavia, o Cântico segue as convenções literárias e o estilo de poesia de amor correntes no segundo milênio (1750-1085 a.C.), contém temas e linguagem figurada semelhantes. O tema do jardim como símbolo erótico e versos que exaltam o arrebatamento e mistério do amor sexual humano são majestosos. Há analogias e metáforas em abundância, incluindo cânticos descritivos que comparam as características físicas dos apaixonados à flora e fauna exóticas. A canção do desejo convidando o casal ao amor, o compartilhamento de manjares e vinho para amenizar a dor da paixão, e até a atenção às vestes, aos perfumes e óleos finos são comuns na literatura.

Tentativas de discernir a estrutura do livro devem basear divisões textuais na análise poética do conteúdo, o que exige uma postura interpretativa de análise poética e significa a existência de tantos esboços do conteúdo quantas são os métodos interpretativos. Embora o livro contenha frases e versos repetidos.

Os discursos sugerem a divisão do texto, mas o narrador permanece anônimo. O conteúdo do discurso pode auxiliar na identificação do narrador, contudo não é conclusiva. A linguagem polida e o estilo lírico dificultam a determinação dos limites exatos de cada discurso.

PROPÓSITO E MENSAGEM
O Cântico dos Cânticos é considerado uma instrução sobre a celebração da natureza física dos seres humanos criados por Deus. O livro exalta a bondade divina e a virtude do amor sexual entre o homem e a mulher, unidos no matrimônio.

O significado de Cântico dos Cânticos é um antídoto bem-vindo contra a perversão sexual e a decadência da instituição do casamento. Cantares louva a perfeição do homem e da mulher e defende a dignidade das afeições humanas e da expressão sexual dentro dos limites divinamente decretados do relacionamento exclusivo entre um homem e uma mulher.

Apesar de essa união de homem e mulher perante Deus ser importante para a procriação da humanidade (Gn 1.28), o Cântico indica que a intimidade sexual compartilhada por marido e esposa é adequada para a alegria e prazer mútuo e para enriquecimento e fortalecimento da relação (1Co 7.1-5).

CARACTERÍSTICAS E TEMAS
O Cântico dos Cânticos está escrito em versos, como poesia de amor. Os versos são curtos e ritmados, a linguagem é rica em figuras de linguagem e altamente sensual. O poema lida mais com emoções do que com ideias racionais, exigindo uma sensibilidade especial do leitor. Torna-se irrelevante, por exemplo, saber se a mulher em 6.9 é realmente imaculada em qualquer sentido que pudesse ser provado. Essa palavra é uma expressão profunda de afeição de seu amado por ela, e isso é tudo que a figura de linguagem pretende comunicar. O Cântico dos Cânticos é uma rapsódia de amor, uma efusão de palavras e sentimentos de pessoas que vivem o amor humano, sexual, com todas as suas dores e prazeres. É um livro para aqueles que desejam saber ou lembrar-se o que significa estar apaixonado.

Embora não se trate de um drama formal, há, contudo as interações entre as personagens no decorrer do poema. É possível identificar as personagens que falam em determinados versos com base nas evidencias fornecidas pelo gênero, número e a pessoa dos verbos e pronomes hebraicos, embora estudiosos não sejam unanimes na sua identificação ou divisões precisas. As personagens foram identificadas por títulos inseridos na tradução (esses títulos não fazem parte do texto original hebraico). As personagens mais importantes são a sulamita (6.13), uma jovem do campo; o “amado”, o seu namorado pastor de ovelhas (1.7; 6.3); e as “filhas de Jerusalém”, que funcionam mais como o coro em um drama (2.7). Há vários personagens menores, o próprio Salomão é mencionado (1.5; 3.7,9,11; 8.11-12), assim como as mães dos jovens enamorados (6.9; 8.5), os seus irmãos (8.8-9), os seus amigos (5.1) e os guardas da cidade (3.3; 5.7).

A presença dessas personagens tem levado muitos comentaristas a propor que o livro trata de um relacionamento entre a moça e o pastor, tendo Salomão apenas como intruso. Mas é difícil imaginar que Salomão pudesse aparecer de forma tão desfavorável em um livro que é da sua autoria ou dedicado a ele.

Talvez o poema seja melhor compreendido como a expressão da profundidade do amor entre a jovem sulamita e o seu pastor amado em uma linguagem de fantasia romântica. Ela o imaginou como um rei galante, o príncipe dos sonhos. Segundo essa interpretação, Salomão é o arquétipo do amante, não um intruso. O Cântico dos Cânticos nos apresenta um mundo em que uma jovem camponesa e um pastor podem ser felizes e sentir-se tão realizados como um rei em seu trono (8.11-12).

O poeta declara a virtude nos jovens apaixonados (4.12; 6.3; 7.10-13; 8.10), o que se difere claramente da tendência de autodestruição dos costumes sexuais de muitas sociedades na história. A Bíblia não aprova o relacionamento sexual fora do casamento. As advertências das Escrituras são bem claras: Deus julgará todos os sexualmente imorais (ICo 6.9,18-20; Hb 13.4). Estudos recentes que revelam os efeitos colaterais emocionais, psicológicos e físicos da licenciosidade confirmam a sabedoria do ensinamento bíblico.

LINHAS DE INTERPRETAÇÃO DE CANTARES
Dos textos que compõem o Antigo Testamento poucos são tão fascinantes e enigmáticos quanto o Cântico dos Cânticos. Este interlúdio lírico, e não raro sensual, contrasta fortemente com as narrativas severas que o precedem e seguem. Cântico dos Cânticos é um poema de amor, onde o nome de Deus (YHWH) nem sequer é citado e no qual não há referencia à oração ou ao louvor a Deus.

Nenhum livro do Antigo Testamento causou tanta perplexidade aos intérpretes bíblicos que Cântico dos Cânticos. Séculos de estudo cuidadoso de estudiosos de diversas tradições religiosas e convicções teológicas produziram pouco consenso interpretativo. Há três motivos para o impasse.

Em primeiro lugar, o tema, o assunto e a linguagem franca do livro têm confundido, surpreendido e perturbado leitores judeus e cristãos, a ponto de os rabinos e pais da igreja questionarem durante gerações o valor do livro e seu lugar no Antigo Testamento.

Em segundo lugar, a natureza e estrutura da poesia amorosa não prestam para análise simples. Boa parte da linguagem do livro é incomum, até singular e obscura, dificultando a tradução e interpretação. Por definição, a poesia lírica é curta, concentrada no significado e sem transições suaves. Isso apresenta um dilema para os comentaristas que tentam dividir o livro em unidades lógicas menores. Isso também causa incerteza na hora de identificar o número de personagens da história e atribuir as unidades menores a pessoas específicas.

Em terceiro lugar, o livro é sociologicamente indistinto, já que seu palco é ambíguo, seus contextos e caracterizações são vagos e o texto parece presumir o ensinamento moral de livros anteriores do Antigo Testamento.

As diversas abordagens interpretativas ao Cântico surgidas ao longo dos anos de estudo e análise acadêmica são resumidas abaixo:

1.     DRAMÁTICA. A abordagem dramática interpreta o Cântico como uma peça teatral antiga. Essa teoria, visível na tradição da igreja desde o século III d.C., baseia-se em grande parte na analogia à tradição grega, desenvolvida no século VI a.C. A poesia é considerada um roteiro dramático para o entretenimento real. Esta opinião a favor de ser o livro de Cânticos um drama é amplamente esposada nos tempos modernos. O livro não obedece regras da unidade dramática, nem apresenta enredo regular.
2.     TIPOLÓGICA. O modelo tipológico reconhece a historicidade do livro, mas o subordina a apresentação literal da história do Antigo Testamento ou, alusão ao Novo Testamento, colocando a poesia de Cantares como o relacionamento da aliança de Deus com Israel pelo intérprete judeu ou como relacionamento de Cristo com a Igreja pelo intérprete cristão.
3.     DIDÁTICA. A posição didática não nega os aspectos históricos do livro. No entanto, descarta as circunstâncias relativas do livro a favor de propósitos morais e didáticos de literatura. Segundo essa abordagem, o livro apresenta a pureza e beleza do amor sexual, promove ideais de simplicidade, fidelidade e castidade e ensina virtudes de afeição humana e a beleza e santidade do casamento.
4.     ALEGÓRICA. O método alegórico é o mais antigo e permanece como a abordagem mais aceita entre as tradições judaica e cristã, embora o livro não afirme ser alegórico. O método de alegorização aplicado ao Cântico rendeu interpretações semelhantes às da abordagem tipológica. A principal distinção é que a teoria tipológica aceita a base histórica para o contexto e a alegórica não. Alguns leitores desta obra a consideram uma alegoria de Deus e Israel, ou de Cristo e sua Igreja; onde personagens fictícios são empregados para ensinar uma verdade sobre o amor de Deus para com seu povo. Este modo de interpretação entrou na Igreja por meio de Orígenes, grande alegorista, no terceiro século da era cristã, com algumas modificações.
5.     LITERAL. O ponto de vista literal ou natural interpreta a poesia de amor tal como ela é, uma expressão sensual, até erótica, de emoções e paixão quando dois jovens apaixonados declaram seu desejo mútuo. Segundo este modo de interpretação, o poema contém uma história verdadeira, a narrações dos amores de Salomão e da sulamita.

A interpretação alegórica dessa porção das Escrituras Sagradas, que considera o livro uma alegoria de Deus e Israel, ou de Cristo e sua Igreja, onde personagens fictícios são empregados para ensinar uma verdade sobre o amor de Deus para com seu povo, é equivocada e contraria a todos os princípios hermenêuticos normalmente aplicados ao conhecimento e análise dos textos bíblicos. Os mais renomados estudiosos e exegetas bíblicos há muito vem compreendendo este livro como um registro histórico do romance do rei Salomão e uma mulher sulamita.

DIFICULDADES DE INTERPRETAÇÃO DE CANTARES
Um dos problemas associados à interpretação de Cântico dos Cânticos é identificar claramente quem fala no poema de amor.

Em busca das chaves para desvendar Cantares, os interpretes tem recorrido aos trechos proféticos, sapienciais e apocalípticos das Escrituras bem como os antigos cânticos de amor egípcios e babilônicos, aos cânticos semitas tradicionais de casamento e às canções vinculadas ao culto à fertilidade na antiga Mesopotâmia. As exposições em 8.6,7 parecem confirmar que Cantares pertence aos escritos bíblicos sapienciais, sendo a apresentação que a sabedoria faz de um relacionamento amoroso. A Bíblia fala de sabedoria bem como do amor como dádivas de Deus, a ser recebidas com gratidão e celebração.

Esse modo de entender Cantares opõe-se à opinião, sustentada por muito tempo, de que o livro seja uma alegoria do relacionamento de amor entre Deus e Israel, ou entre Cristo e a Igreja (embora o Novo Testamento não cite Cantares em lugar nenhum, nem sequer lhe faça alusão). Difere também das interpretações atuais do livro, como a que o considera poema lírico a celebrar o triunfo do amor puro e espontâneo de uma donzela por seu amado campesino sobre as seduções palacianas de Salomão, que procurava conquistá-la para seu harém real. Em vez disso considera Cântico dos Cânticos uma sequencia continua de poemas líricos que retratam o amor em toda sua espontaneidade, beleza, poder e exclusividade; experimentando os seus variados momentos de separação e de intimidade, de angustia e de êxtase, de tensão e de contentamento. O livro acompanha os poemas de amor de muitas culturas no largo emprego que faz de linguagem figurada extraída da natureza, altamente sensual e sugestiva.

As citações no livro revelam as alegrias do amor no noivado e no casamento, contrapondo-se aos extremos do asceticismo e da lascívia. O lugar apropriado do amor físico, exclusivamente dentro do casamento, é claramente estabelecido e honrado. Dentro desse referencial histórico, certos comentaristas também conseguem enxergar algumas ilustrações do amor de Deus por seu povo.

É claro que o rei Salomão não oferece o melhor exemplo pessoal de devoção conjugal, já que teve muitas esposas e concubinas; contudo, é possível que esse livro reflita o único dos romances que de fato lhe deu a intensidade do amor verdadeiro, puro e inesquecível.

Ao mesmo tempo o Cântico dos Cânticos relembra-nos que, por detrás de todo amor humano puro, está o maior e mais profundo amor que existe, o amor de Deus, que deu Seu próprio Filho para salvar os pecadores, e o amor do Filho de Deus, que sofreu e morreu por Sua Noiva, a Igreja.

SULAMITA
Visto que o artigo definido precede esse nome, trata-se provavelmente de um epíteto, como por exemplo, “a perfeita”, e não de um nome próprio. É improvável que o nome se refira a uma pessoa natural de Suném, visto que a mulher é descrita nas canções tendo uma relação muito íntima com Jerusalém.

DANÇA DE MAANAIM
Nenhuma dança específica tem sido associada a Maanaim, uma localidade localizada na Transjordânia, às margens do rio Jaboque (2Sm 2.9). O nome significa “dois acampamentos”, por isso, alguns estudiosos têm interpretado a menção a essa dança, como o estilo em que homens e mulheres se separam e dançam em filas opostas. A dança, com frequência, é associada à celebração da vitória (1Sm 18.6,7) e como expressão de alegria (Êx 15.20).

MANDRÁGORAS
O fruto da mandrágora também é citado nas canções de amor egípcias como um afrodisíaco. Raquel rapidamente se mobiliza para conseguir uma mandrágora quando Ruben, o filho de sua irmã Lia, encontra uma no campo (Gn 30.14,15). A planta tem folhas largas e flores violetas com uma forte fragrância e um pequenino fruto amarelo.

BAAL-HAMOM
Essa localidade não foi identificada e aparece somente neste versículo. Um nome semelhante, Belamom, aparece em Judite 8.3, mas pode tratar-se de mera coincidência. O nome pode ter sido escolhido simplesmente porque significa “o possuidor de riquezas” e, portanto, um sinônimo da natureza frutífera da vinha e, por extensão, do harém de Salomão que tinha mil mulheres.

EM-GEDI
Trata-se de um oásis localizado 56 quilômetros a sudeste de Jerusalém e aninhado por um desfiladeiro na costa ocidental do mar Morto. O nome significa “fonte do cabrito” e a escavação de um templo do quarto milênio dentro de seus limites atesta a existência das águas refrescantes desse oásis, desde a antiguidade. Nessa metáfora a localização peculiar do oásis entre os vales dos montes que o circundam faz dele um paralelo apropriado para a pequena bolsa de mirra e o ramalhete de flores de hena colocados entre os seios da amada.

ROSA DE SAROM
Embora não se saiba ao certo a que flor se refere essa citação, o uso da palavra hebraica shushan para o lírio neste versículo indica uma planta com seis pétalas. Uma escolha provável, portanto, seria o narciso-romano-dobrado que cresce nas colinas e vales úmidos da planície de Sarom. Flores durante o inverno e tem pétalas brancas e um cálice ou coroa laranja aumentando a beleza de cada cacho. Os narcisos foram encontrados como oferendas em tumbas helenistas de Egito.

ALTO DE AMANA
Agora o amante chama sua amada para juntar-se a ele descendo de suas alturas inacessíveis e terras distantes. Essa é uma metáfora de seu desejo pela presença dela e não à sua localização geográfica. O amante é um dos picos da cadeia Anti-Líbano, perto da nascente do rio Amanus.

PORTA DE BATE-RABIM
Esse lugar não foi localizado, embora se suponha que seja a entrada do reservatório da cidade. Pode haver também um trocadilho com o significado da expressão “filha de muitos”, com base na sonoridade semelhante do título bat nadib, “filha do Nobre”, conferindo à amada um titulo de honra.

ESBOÇO DE CÂNTICO DOS CÂNTICOS

quarta-feira, 11 de maio de 2016

                    Quem Foi o Rei Uzias?

Para muitos cristãos, tudo o que sabem sobre quem foi o Rei Uzias, está na famosa frase “no ano em que morreu o rei Uzias” no capítulo 6 do livro do Profeta Isaías. Esse mesmo capítulo é certamente um dos mais utilizados em sermões, e nem sempre a referência a Uzias é feita de forma correta. Vejamos nessa breve biografia um pouco mais sobre a história desse importante rei de Judá.

Quem foi o Rei Uzias?

Uzias foi rei de Judá, entre 792 e 740 a.C. Ele foi filho e sucessor de Amazias no trono do reino do sul. Após a morte do rei Salomão, Israel se dividiu em dois reinos, ficando o Reino de Israel ao norte, e Reino de Judá ao sul. Enquanto Uzias governava o Reino do Sul, Jeroboão II era o rei do Reino do Norte (no período de 793-753 a.C.), e foi com ambos os reis que esses reinos experimentaram o maior período de prosperidade e poder desde a morte de Salomão.

O que significa o nome Uzias?

Uzias vem do hebraico uziyah e significa “Jeová é a minha força” ou “força de Jeová”.  Muitos estudiosos acreditam que esse era o lema de seu governo. Uzias também é chamado de forma alternativa por Azarias (hebraico azaryah), e significa “Jeová tem ajudado” (2Rs 14:21; 15:1,6-8; 1Cr 3:12).

O reinado de Uzias:

Uzias tinha apenas dezesseis anos quando começou a reinar, e reinou durante um longo período de 52 anos. Existe a possibilidade de Uzias ter reinado de forma conjunta com seu pai Amazias, desde alguns anos antes de sua morte, porém a Bíblia não faz qualquer referência sobre isso, embora um período de co-regência parece ser exigido quando estudamos a cronologia dos reis de Judá. O que sabemos é que Uzias foi escolhido livremente pelo povo para suceder Amazias (2Rs 14:21; 2Cr 26:1).
Quando Uzias subiu ao trono, reformou as defesas de Jerusalém e reorganizou o exército, trazendo novas tecnologias no rearmamento (2Cr 26:15), já que a insensatez de seu pai havia enfraquecido as defesas do reino.
Uzias consolidou a posição do Reino de Judá nas rotas comerciais, e reabriu portos e indústrias de Eziom-Geber (2Cr 26:7,8; 2Rs 14:22), proporcionando grande prosperidade ao Reino de Judá. Uzias também realizou campanhas de sucesso contra os filisteus e contra os árabes, além de recolher tributos dos amonitas e de outros povos. Uzias também construiu fortalezas em localizações estratégicas. Uzias também investia bastante na agricultura e na criação de gados. Sua reputação, devido às seguidas campanhas vitoriosas que empreendia, chegou até o Egito (2Cr 26:6-8). Escavações arqueológicas confirmam com precisão os relatos bíblicos sobre o período de governo de Uzias.

A doença de Uzias:

Uzias não foi como Davi, mas também não foi um rei conhecido por casos de corrupção (principalmente religiosa) que eram frequentes entre os reis do Reino do Norte.
A Bíblia diz que Uzias iniciou seu reinado temendo, buscando e rendendo culto a Deus, fazendo o que era reto perante o Senhor (2Cr 26), e Deus o abençoou. Ele foi muito amado por seu povo, e reconhecido como um grande rei. Durante muito tempo ele se espelhou no sacerdote Zacarias.
Em um determinado momento se sua vida, inflado pelo orgulho de seus triunfos que lhe renderam grande poder e riqueza, ele entrou arrogantemente no templo e, contrariando os sacerdotes, tentou oferecer incenso no altar. Esse direito havia sido conferido por Deus apenas aos sacerdotes, mas ele quis reivindicar esse direito para si. Uzias ficou irado com os sacerdotes que tentaram lhe impedir, e, ainda em sua fúria, foi ferido por Deus com lepra, que logo surgiu em sua testa. Por causa da doença, ele foi forçado a viver o restante de sua vida isolado (2Rs 15:5), e passou a administração de seu reino a seu filho Jotão (2Cr 26:16-21), embora os estudiosos acreditem que ele continuou sendo o verdadeiro governante até sua morte, em um provável sistema de co-regência com seu filho.
Durante o período de seu reinado, houve um grande terremoto (Am 1:1; Zc 15:1) que ficou marcado na memória do povo até o período pós-exílico (Zc 14:5). O historiador Flávio Josefo defendeu uma antiga tradição que atribui esse terremoto ao ato de sacrilégio cometido por Uzias.

Uzias e os profetas:

Os profetas que foram contemporâneos de Uzias foram Isaías, Amós e Oséias (Is 1:1; Os 1:1; Am 1:1). Quando Isaías tem a visão do trono de Deus (Is 6) foi o ano em que Uzias morreu. Muitas pessoas entendem que o fato de Uzias estar vivo, de alguma forma, impedia o ministério de Isaías e a manifestação da glória de Deus, porém isso é um excesso de alegoria de muitos pregadores em seus sermões.
Uzias pecou, e foi castigado por Deus devido ao seu pecado (2Cr 26:19). Mas Uzias foi um grande monarca, amado pelo povo, e símbolo de esperança para eles, tanto é que, após a morte de Uzias, reis que desagradaram e muito a Deus subiram ao trono, levando o povo ao paganismo e à pobreza. Mesmo com a vergonha de seus últimos anos por conta do pecado que cometeu, quando Uzias morreu houve um período de luto nacional. A nação estava desestabilizada, e o povo buscando algum consolo. O maior rei que haviam tido após Salomão estava morto, e a crise havia se instalado em Judá.
É nesse cenário que Isaías vai ao templo, e seus olhos foram abertos para que ele contempla-se o verdadeiro Rei da nação, o legítimo trono que de fato governa e, este trono, não estava vazio, nem nunca estará.
ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA MIQUÉIAS




O livro de Miquéias é o sexto dos profetas menores. Seu autor profetizou nos reinados de Jotão, Acaz e Ezequias (1.1). 
AUTOR
Miquéias (quem é semelhante a Jeová) era contemporâneo de Isaías e Oséias. Natural da pequena cidade de Moresete localizada nas colinas de Judá, entre Jerusalém e o mar Mediterrâneo. É um dos poucos profetas mencionados em outro livro profético. Quando Jeremias foi ameaçado de morte por suas profecias a respeito da destruição de Jerusalém, ele foi defendido pelos anciãos que lembraram ao povo de que Miquéias profetizara o mesmo havia mais de cem anos (Jr 26.18,19). Isso indica o respeito que havia por Miquéias como porta-voz do Senhor.

Miquéias era um pregador da roça. Seu lar ficava a uns trinta quilômetros ao sul de Jerusalém, na fronteira com a Filístia. Pregava em Moresete ao mesmo tempo que Isaías pregava em Jerusalém e Oséias em Israel. Miquéias era profeta do povo simples e da zona rural e conhecia bem seus concidadãos. Quando Miquéias se refere ao povo do campo, chama-o de “meu povo” (3.3).  Profetizou a respeito de Samaria, capital de Israel, e de Jerusalém, capital de Judá, mas sua maior preocupação era com Judá. Entre ele e Amós há muita proximidade, apesar de terem vivido em épocas diferentes, Miquéias é de uma geração posterior a de Amós. Suas mensagens convergem. Ambos são defensores incontestes dos pobres e lavradores. São opositores ferrenhos das cidades e de suas instituições de opressão contra o povo da roça.

O nome de seu pai não é mencionado, pelo que os eruditos concluem que sua família era de posição insignificante e humilde. Seu apelo em favor da religião autêntica só é equiparado pelo apelo semelhante de Tiago (Mq 6.6-8 com Tg 1.27). O estilo de Miquéias tem muito da beleza poética de Isaías e do vigor de Oséias, mas é por vezes obscuro pela sua brevidade e repentinas transições.

DATA
Miquéias profetizou em algum período entre 750 e 686 a.C., durante os reinados de Jotão, de Acaz e de Ezequias, reis de Judá (1.1; Jr 26.18). Ele predisse a queda de Samaria (1.6) que aconteceu em 722-721. Esse fato colocaria o início de seu ministério nos reinados de Jotão (750-732) e de Acaz (735-715). Os reinados de Jotão e de Acaz se sobrepuseram parcialmente um ao outro. A mensagem de Miquéias reflete as condições sociais antes das reformas religiosas dirigidas por Ezequias (715-686).

O seu conteúdo mostra que o livro foi escrito depois dos reinados de Onri e de Acabe (6.16), porém não se pode dizer quanto tempo antes da queda de Samaria, foram proferidas as palavras contidas no capítulo 1.5-7; porque desde os dias de Uzias e de Jotão, os profetas ainda estavam anunciando a queda de Samaria e a desolação de Judá. A alusão à queda de Basã e Gileade pode indicar um período mais distante do que 733-732 a.C., quando Tiglate-Pileser, da Assíria, invadiu esse território e levou cativo seus habitantes (7.14).

CONTEXTO
Os antecedentes históricos do livro são os mesmos que se acham em trechos anteriores de Isaías, embora Miquéias não revele os mesmos conhecimentos da vida política de Jerusalém que Isaías. Talvez porque Miquéias, assim como Amós, viessem de aldeias de Judá.

Miquéias ministrou durante a grande crise assíria. Ele testemunhou os acontecimentos resultantes na destruição e deportação do Reino do Norte. Era um período de medo e ansiedade entre as pequenas nações do leste.

Os oráculos de Miquéias não são datados; logo, é difícil atribuí-los a um incidente específico. Houve diversas invasões em Judá pelos assírios no tempo de Miquéias, e muitas delas podem ter servido de pano de fundo para algumas profecias. A mais ameaçadora, geralmente considerada contexto de muitas profecias de Miquéias, foi o ataque de Senaqueribe que culminou no cerco de Jerusalém em 701 a.C. Nessa campanha, muitas cidades de Judá foram sitiadas e destruídas, particularmente Laquis (1.13). O fato não só cumpriu alguns oráculos de juízo de Miquéias, como também revelou-se na oportunidade para o livramento do Senhor. Apesar de os exércitos de Senaqueribe terem cercado Jerusalém e estarem preparados para destruí-la, os registros assírios não descrevem a conclusão da campanha. É compreensível, pois em 2Reis 19.35 registra que o exército assírio, com 185 mil soldados, foi assassinado durante a noite pelo Anjo do Senhor.

Nesse momento crítico o Senhor enviou Miquéias com uma mensagem para o povo. Era um período de instabilidade política e social. O grande sucesso militar do rei Uzias na primeira metade do século VIII floresceu em um período de prosperidade econômica. Com o crescimento econômico, surgiu uma classe de negociantes em Israel e novas divisões sociais. Agora o segmento agrário da sociedade se encontrava a mercê de comerciantes que desfrutavam de apoio real. A igualdade no mercado logo se tornou exceção em vez de regra. Foi nesse contexto que Miquéias denunciou injustiça e falsa religiosidade.

TEMAS E CARACTERÍSTICAS
A compaixão de Deus. Miquéias declara que o Deus santo e justo não tolerará mais a maldade persistente de seu povo. Assim como fizera o profeta Oséias, Miquéias usou figuras de prostituição para descrever o culto idólatra (1.7).

O profeta divide suas dezenove profecias em três ciclos, cada um dos quais se inicia com profecias de julgamento e finaliza com uma ou mais profecias de salvação, cada uma das quais iniciando-se com a mesma palavra hebraica que é traduzida por “ouvi” (1.2; 3.1; 6.1). O segundo ciclo possui três profecias de julgamento (cap. 3) e sete de salvação (caps. 4 -5). O profeta usa jogos de palavras para predizer o castigo e consegue demonstrar grande realismo e proximidade ao citar seus assuntos, como os falsos profetas que tentam silenciá-lo (2.6,7); e os gentios convertidos que se dirigem a Jerusalém para prestar culto (4.2).

O estilo de Miquéias é semelhante ao de Isaías. Os dois profetas empregam linguagem vigorosa e figuras de linguagem; ambos demonstram grande ternura quando ameaçam com o castigo e prometem a justiça.

MENSAGEM SOBRE O JUÍZO DIVINO E A VINDA DE CRISTO
Ouvi agora, vós, cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel” (3.1). O que diz Deus deles? Leia Miquéias 3.1-4. Deus compara a cobiça e o enriquecimento deles a um ato de canibalismo. Os líderes estão devorando o povo pobre e indefeso (3.2,3).

A nação estava às portas do colapso, e os príncipes e sacerdotes eram responsáveis por isso. Deus denúncia o pecado dos dirigentes (3.9), o suborno entre os juízes (3.11), pesos falsos e balanças enganosas. “Assim diz o Senhor acerca dos profetas que fizeram errar o meu povo” (3.5).

Miquéias, de coração partido, fala do juízo de Deus contra Judá, por causa dos seus pecados. Jerusalém e o templo serão destruídos (3.12; 7.13). O povo será levado cativo para a Babilônia (4.10). Parece mencionar rapidamente palavras de juízo para se deter na mensagem do amor e da misericórdia de Deus. O Senhor trará seu povo de volta do cativeiro (4.1-8; 7.11,14-17). Miquéias era um profeta de esperança; por isso, sempre olhava além da condenação e do castigo para o dia de glória, quando o próprio Cristo reinará e a paz cobrirá a terra. Deus faz a promessa da vinda do Messias que vai nascer em Belém (4.8; 5.2-4). A pequena Belém, a menor das cidades de Judá, será honrada de maneira notável com o nascimento do Messias de Deus, Jesus Cristo, Nosso Senhor. Suas vitórias não serão por força ou poder político, mas pelo Espírito do Senhor. Setecentos anos depois essa profecia dada por Deus ao profeta Miquéias conduz os magos a Jerusalém para ver o novo Rei (5.2-5).

MENSAGEM AO POVO ESCOLHIDO
Ouvi, montes, a demanda do SENHOR, e vós, fortes fundamentos da terra; porque o SENHOR tem uma demanda com o seu povo, e com Israel entrará em juízo” (6.2). Deus é descrito como alguém que está processando seu povo. O povo havia ignorado Deus, e Deus então os faz lembrar da sua bondade e de como guardara a aliança feita aos patriarcas (6.3).

O povo então pergunta como poderá agradar a Deus e como se apresentará perante ele com holocaustos? (6.6,7).

Deus requer conduta íntegra e uma experiência real e pessoal com ele. Por causa da sua conduta ímpia, o povo teve de sofrer consequências terríveis, Deus é justo juiz (1.3,5; 3.5; 3.12).

ANÁLISE GERAL
Os três primeiros capítulos do profeta Miquéias apresentam os juízos de Deus contra Judá e Israel, bem como a iminente condenação que aguardava aquelas nações.

Os capítulos quarto e quinto oferecem consolação e esperança em vista da questão dos dias vindouros, quando a casa do Senhor será restaurada sobre o monte de paz permanente; um remanescente regressará a Sião, libertado do cativeiro babilônico; um libertador proveniente de Belém fará o seu remanescente justo ser uma benção para todos os povos da terra.

Os capítulos sexto e sétimo declaram o caminho da salvação por meio de analogia de um tribunal onde o Senhor é o denunciante e Israel é o réu. Relembrando a seu povo como eles foram libertos de Egito, e ensinando-lhes o que é a verdadeira adoração. O Senhor lamenta seus tesouros de iniquidade e opressão.

Miquéias conclui seu livro usando um jogo de palavras baseado no significado de seu nome: “Quem é semelhante ao Senhor?” Somente Deus pode perdoar e mostrar compaixão ao povo com o qual estabeleceu a Sua aliança. Fiel as suas promessas de aliança com os patriarcas (7.20), o Senhor preservará o restante do seu povo (2.12; 4.7; 5.3,7-8). Finalmente o profeta declara que Sião terá maior glória no futuro que em qualquer período anterior. O reino davídico, embora pareça ter chegado ao fim, alcançará grande crescimento por meio do futuro libertador messiânico.

O LIVRO FOI CITADO
a)     Pelos anciãos, salvando assim a vida do profeta Jeremias (Jr 26.16-19; Mq 3.12);
b)    Pelo Sinédrio, a Herodes o Grande, por ocasião do nascimento de Jesus Cristo (Mt 2.5-6; Mq 5.2);
c)     Por Jesus, ao enviar os discípulos (Mt 10.35-36; Mq 7.6).
ESBOÇO DE MIQUÉIAS
Tema: Quem é como o Senhor?
I. A dramática vinda do Senhor em Julgamento 1.1-2.13

Sobre as cidades capitais de Samaria e Jerusalém 1.1-9
Sobre as cidades localizadas a sudoeste de Jerusalém 1.10-16
Sobre os crimes que trazem ocupação estrangeira 2.1-11
Sobre todos, exceto um restante liberto pelo Senhor 2.12-13

II. A condenação dos líderes feita pelo Senhor 3.1-12
Sobre os líderes que consomem o povo 3.1-4
Sobre os profetas, exceto Miquéias 3.5-8
Sobre os oficiais: chefes, sacerdotes e profetas 3.9-12

III. A vinda do reino universal do Senhor 4.1-5.15
Atração de todas as nações pelo nome do Senhor 4.1-5
Compaixão sobre o povo dependente e rejeitado 4.6-13
O lugar de nascimento e a administração do Messias 5.1-6
A restauração de um restante num lugar sem ídolos 5.7-15

IV. A apresentação da contenda do Senhor 6.1-7.6
O seu cuidado redentor na sua história 6.1-5
Suas expectativas para uma reação apropriada 6.6-8
Seu fundamento para o julgamento do ímpio 6.9-7.6

V. A salvação do Senhor como esperança do povo 7.7-20
Apesar do julgamento temporário 7.7-9
Apesar dos inimigos do povo 7.10—17
Por causa da sua incomparável compaixão 7.18-20


FONTES

Pequena Enciclopédia Bíblica – Orlando Boyer – Ed. CPAD.

Bíblia de Estudo de Genebra – Ed. Sociedade Bíblica do Brasil.
Bíblia de Estudo NVI – Ed. Vida.
Bíblia Thompson – Ed. Vida.
Bíblia Plenitude – Ed. Sociedade Bíblica do Brasil.

terça-feira, 10 de maio de 2016

OS 4 TIPOS DE VASOS NA CASA DE DEUS

 O QUE VOCÊ  NÃO DEVE FAZER QUANDO ESTIVER PREGANDO


  1. Pregar sem ter um alvo ou objetivo a ser alcançado.
  2. Desistir de pregar porque não foi bem sucedido em ocasiões anteriores
  3. Viver sempre improvisando ou preparando sermões de ultima hora ou não, nuncmeditar.
  4. Falar de um assunto que não está bem familiarizado ou começar em gêneses e de repente, já tá em apocalipse.
  5. Gritar exageradamente no microfone, lembrar que os irmãos tem 2 ouvidos. (Retificando que, o espírito santo age, conforme seja a sua personalidade, temperamento, mas, ter um pouquinho de controle é sempre bom como Ético.)
  6. Exagerar nas gesticulações, machucar a bíblia ou testar a resistência do Púlpito
  7. Pregar sempre os mesmos sermões,(versículos) nunca procurar algo novo.
  8. Pregar um sermão que ouviu de outro pregador e até mesmo distorcê-lo.
  9. Pregar sem ler a bíblia. (Motivos: não sabe ler ou tá sem enxergar ou acha-se uma máquina de recitação de versículos, a gloria é pra Deus, não pra você).
  10. Pregar “muito” e orar pouco, exigir muito e não fazer nem um pouco
  11. Brincar excessivamente durante a pregação. Onde fica a moral?
  12. Usar o púlpito para desabafar, detonar “alguém”, criticar.
  13. Nunca receber críticas e nunca admitir que pode-se e precisa melhorar
  14. Não gostar de ler a (bíblia, bíblia, bíblia) A palavra é alimento Espiritual Mateus 4.4
  15. Pregar com fins lucrativos ou preocupado com venda de apostila, CD,DVD e etc.
  16. Citar, durante a pregação, testemunhos que não se conhece a procedência ou incoerente com a realidade, vindo de outro “mundo”.
  17. Querer fazer de uma experiência pessoal, uma doutrina a todos.
  18. Só pregar sermões preparados por outra pessoa.
  19. Manipular o povo, conduzindo-os a um falso "mover do espirito"
  20. Não se Preocupar com o RELÓGIO e O TEMPO NÃO É SÓ SEU. O povo precisa também dormir. Não é obrigado se guiar por aqui.
Qual o objetivo aqui? Diminuir alguém? Só pessoas egocêntricas ou que não quer admitir que, poderá pensar assim pois, isso é pra orientar e aperfeiçoar os servos de Deus. Pois não é de qualquer forma, jeito ou maneira que se sobe ao púlpito e acabou já era. 
  
Ordem e decência sobre tudo no templo do altíssimo. Timóteo 4.16 Tem cuidado de ti mesmo e do teuensino...( Uma obra pra quem quer servir a Deus sem correr o risco de: (Mangação, ridículo, imaturidade, etc.) Um mini-auxilio a guiar os servos de YHWH o El Roi. Pois ele é o nosso Yasha. Deus sempre quer o melhor de todos.